terça-feira, 4 de julho de 2017

Quero estudar fora, o que fazer? - Parte I



As vezes a gente coloca na cabeça de fazer uma pós no Brasil e fica perdidinho. Eu passei por isso quando fui escolher onde fazer minha pós. Aqui vão algumas pontos para facilitar sua vida:

1º - Decida em que língua você vai fazer sua pós.
               Pode parecer a coisa mais básica e besta de todas, mas isso vai influenciar os documentos que você vai precisar. Por exemplo: você pode achar uma boa oportunidade em Portugal, mas pode descobrir depois que o curso é ministrado em inglês e não em português.
               Minha dica é: opte pelo inglês e se prepare para usar essa língua.

Por que?

Porque a maioria dos países oferece pós graduação em inglês, não importa onde estejam. Locais como Alemanha, Holanda, Austria, países escandinavos, todos oferecem cursos em inglês (até aqui no Brasil!). Mas claro, você tem que aprender a língua local também, né?



2º - Decida se você quer estudar em algum local porque ele cabe no seu bolso ou se sua prioridade são as linhas de pesquisa ou o nome da instituição.
              
A gente sabe que aqui no Brasil o pessoal pode dar mais valor a uma universidade merreca lá fora do que as realmente boas daqui, só porque você estudou fora. Então essa possibilidade de caber no bolso é bem real (você vai descobrir que seus critérios vão diminuindo a medida que você vir o preço das pós)


3º - Mestrado profissional, MBA, MA, MSc, level 8, level 9. O que diabos é isso Clarice?
              
Bom, quando a gente pensa “vou estudar fora” esquece que cada país tem suas nomenclaturas e organização estudantil. Na Irlanda por exemplo você tem 10 níveis de estudo, sendo que de 7-10 são os considerados High Education (3º grau). Isso É importante quando você vai aplicar para os tipos de visto.  Sobre as diferenças entre os Mestrados (MA, MBA, MSc, MEng, LLM, etc..) eu indico uma leitura desse link: http://www.viva-mundo.com/pt/noticia/post/o-que-mba-ma-msc-meng/



4º - Não tenho dinheiro suficiente, quero estudar e trabalhar ao mesmo tempo!
               *ESSE* é o ponto crítico que muitas vezes faz a gente decidir onde vai estudar. Estudar fora do Brasil é caro (Bom, aqui também não é), mas principalmente em épocas que o real fica mais desvalorizado. Então a gente sempre pensa: é legal se eu conseguir um bico ou já começar a entrar no mercado de trabalho, neh?
               O que acontece é que nem todos os países que vão te dar visto de estudante vão permitir que você faça bicos. Por exemplo: nos EUA você só pode trabalhar para a própria universidade ou dentro do campus (bibliotecas, restaurantes, etc..) mas totalmente limitado. Na Espanha você só pode fazer interships (ser estagiário, a regra é que você não pode depender desse dinheiro para sobreviver).

Outra coisa, você precisa *pesquisar* sobre o Mercado de Trabalho na região. Tem vagas? O país tá em crise? São xenofóbicos e contratam estrangeiros? (sim isso existe) Porque se você for contando com esse dinheiro e for para um local em crise pode se dar mal.
               Países como Canadá, Austrália, Irlanda e Nova Zelândia são os favoritos dos brasileiro porque você, geralmente, pode trabalhar 20hrs semanais.
             

5º - Estou perdidíssima, você me ajuda a procurar um local?

Aqui vão alguns links que podem te ajudar:

  • * 6 Melhores Lugares para estudar na europa:

  • 10 Melhores países para estudar

  • As 15 melhores cidades para estudar no mundo

  • 6 países em que é possível estudar de graça ou quase

6º - Decidi o país, e depois?
               Agora é decidir onde você quer estudar! Hora de procurar universidades, ver os valores, https://www.numbeo.com/cost-of-living/comparison.jsp ), etc. Vários sites possuem boas dicas de bolsas de estudo (http://noticias.universia.com.br/tag/bolsas-de-estudo/ - http://partiuintercambio.org/bolsas-de-estudo/ - https://canaldoensino.com.br/blog/30-paises-que-oferecem-bolsas-de-estudo-para-brasileiros  https://www.estudarfora.org.br/category/bolsas-de-estudos/ ), mas você tem que se movimentar também.
onde tem bolas de estudo, descontos, auxilio, custo de vida nas cidades  (Gosto do numbeo para compara os custos de vida entre as cidades, assim você tem uma ideia: 
               Tem que ficar ligado dos deadlines das universidades, ver a documentação necessária para se inscrever, fazer um bilhão essays (tava achando que era só pagar e tava inscrito? Não meeesmo).
              
Aqui vai uma lista de documentos que normalmente você vai precisar apresentar:
  • Academic transcrip e Certificate (Seu histórico da universidade e Diplomas com tradução juramentada – siiiiim, você vai ter que pagar por isso)
  • Pagamento das taxas de inscrição (você vai pagar o Application Fee só para eles olharem sua documentação e muitas vezes te darem um não)
  • Teste de Proficiência na língua (IELTS, Toefl, CAE, PTE, DELE, DELF enfim...)
  • Cartas de recomendação (dependendo do curso você vai precisar de uma acadêmica ou profissional, normalmente eles requisitam 2)
  • Essays (infinitas redações)
  • CV

Para cursos que envolvam administração eles ainda podem pedir um GMAT ou GRE (é eu também nunca tinha ouvido falar dessas provas até resolver fazer um MBA) https://www.estudarfora.org.br/gmat-x-gre-veja-as-diferencas/

Depois é aplicar, ver se eles querem mais alguma coisa específica  e esperar eles te responderem. Alguns te dão um feedback, alguns te dão apenas a resposta tipo “aceita” “não aceita”. Ah, claro, lembra das bolsas de estudo? DEPOIS que você aplica pra universidade que você vai aplicar pra bolsa. Então não ache que você vai 1º saber se tem bolsas, descontos, etc, pra depois se inscrever. Você se inscreve e depois aplica, algumas vezes você pode até fazer ambos os procedimentos ao mesmo tempo. 

Boa sorte para quem for tentar!